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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Linhas dos parapentes


Polietileno de alta performance (brancas ou núcleo brancas) - dinema, spectra ou hppe: na realidade é o nosso conhecido plástico porém de alta resistência, acontece que mesmo sendo muito resistente ainda tem o ponto de fusão baixo como o plástico 120 graus e já sofre deformação permanente aos 70 graus (encolhe) ou deforma sem voltar ao ser exigido demais - não serve para o clima do Brasil pois no porta malas do carro no verão já se atinge 70 graus facilmente. 
Vantagem: mais barata e mais fácil de costurar.

Aramidas - twaron, kevlar, technora: nesta família a technora é a que menos dá problema de fadiga, apresenta ponto de fusão 420 graus e não tem ponto de  deformação - quer dizer não encolhe se é submetido a 120 ou 150 graus.
Desvantagem: mais cara e mais dura. Como tem mais problema de fadiga deve-se usar o diâmetro 10% maior para compensar a perda de resistência com o tempo.

Vectran (patente exclusiva de uma empresa americana): é o material mais nobre usado em parapente. É macio, resistente, ponto de fusão alto (420 graus) e não sofre fadiga.
Desvantagem: é o mais caro de todos, sendo 50% mais caro (no mínimo). Bom de trabalhar e não tem desvantagens em relação aos outros 2.

Durabilidade - parapente de duplo


Não é o voo em si que deteriora o parapente neste caso. O parapente de duplo tem um fator número de voos também.

O parapente sofre muito mais por abrir e guardar / decolar / pousar e também o tempo que fica exposto ao tempo, o manuseio físico no chão e as horas expostas ao sol são responsáveis por 70% da degradação dos parapentes de duplo.

Para considerar a durabilidade do equipamento de duplo em um plano de negócios:

Com os cuidados normais e as revisões tem que ultrapassar as 300 horas combinados em aproximadamente 500 voos.

Tem que incluir neste período as revisões (para um cálculo médio gasta-se 400 reais a cada 100 voos).

Instruções para uso dentro da conformidade/certificação:

O parapente deve obrigatoriamente seguir o calendário de inspeções.
A primeira inspeção obrigatória deve ser feita ao completar 24 meses ou 100 voos, obedecendo o que for alcançado primeiro.
Após a primeira inspeção uma vela precisa ser inspecionada anualmente ou a cada 100 voos (obedecendo o que for alcançado primeiro).
Pode ocorrer que na inspeção seja definido um período mais curto para a próxima inspeção (por exemplo 50 voos ou 6 meses).

Sem as inspeções  obrigatórias  o  parapente perde a sua certificação e respectiva garantia.